a rua do Ouvidor. Pareciam pouco interessantes aos forasteiros nossas ruas em linha reta (tireés au cordeau) muito mal calçadas e sem inclinação suficiente para o escoamento das águas, de modo que, à menor chuva, se enchia de pequenos pântanos que só o sol secava. Maria Graham comparava uma ou duas das mais importantes ao Corso de Roma, principalmente nos dias de festa, quando janelas e balcões são adornados de damasco verde, amarelo, carmesim. De La Salle, que primeiro a viu à noite, comenta que nesta cidade de construção moderna, sem nada de pitoresco, nenhum monumento prende os olhares do estrangeiro. Na noite de sua chegada "a catedral, com suas duas torres, resplandecentes de luz, tinha um aspecto particular que podia fazer perdoar a regularidade monótona de suas formas sem caráter".
A rua do Ouvidor, a única digna de uma capital, cognominada a rua Vivienne do Rio de Janeiro e a mais bela da capital do Brasil, é habitada quase exclusivamente por negociantes europeus, em sua maioria franceses.
"A cidade propriamente dita", diz Freycinet, "pode ter uma milha quadrada de superfície, mas se quisesse nela compreender os arrabaldes de Lapa e do Catete, que se estendem para o Sul, assim como o