uma coleção de madeiras do país, de espécies muito variadas e dispostas de modo muito engenhoso: serradas em pequenas pranchas do tamanho e dimensões de um in-8° e in-12° e colocadas nas prateleiras, lado a lado; a casca, que foi conservada e na qual está inscrito o nome da madeira, imita tão perfeitamente a encadernação da lombada de um livro que é difícil a gente não se enganar à primeira vista.
"Além dos objetos de história natural, cada sala continha quadros, na imensa maioria indignos da exposição e entre os quais não há um só digno de nota. Os retratos de João VI, do Imperador e da Imperatriz do Brasil figuram entre eles e não valem mais que o resto.
"A peça mais rara neste gênero, e que só nos mostraram em último lugar, porque não estava exposta, um retrato de Napoleão, presente de S.M.I. da Áustria: esse quadro, de grande dimensão, executado em tapeçaria e representando o Imperador fardado, recomenda-se pelo brilho das cores e acabado da execução; mas a cabeça não está parecida".
"A Academia de Belas-Artes é um estabelecimento ainda na infância; possui só um número muito pequeno de quadros e menor ainda de estátuas. A administração está confiada a Felix de Taunay, homem de real mérito, filho de um pintor francês justamente pranteado.