Problemas de Administração

guerra, aos Estados Unidos, e ao Sul da América Meridional. Convém rememorar ainda a visita ao Paraná do Barão de Lindequist, antigo ministro das colônias da Alemanha, visita que se estendeu a Sta. Catarina e ao Rio Grande do Sul. Deve-se também ter em mente a agitação colonial em 1914-1915, a que já aludi e que a excursão do emissário alemão acalmou, e que motivou providências oficiais reservadas, que cessaram, creio, eu, com minha saída do Ministério da Agricultura.

É convicção minha que, como nos demais países, a organização invasora alemã, bem como sua rede de espionagem, estão inteiramente aparelhadas entre nós, sob a direção dos cônsules, de casas alemãs, de grande valor, e, provavelmente, de agentes especiais que eu desconheço, e que o Governo do mesmo modo não conseguiu descobrir.

Basta ler os relatórios confidenciais do antigo administrador do núcleo Anitápolis (Luiz Verney Campello) e do hoje Tte. Cel. Alipio Gama, para ali enviado em missão, para se ter a impressão de uma trama, bem organizada, à qual a tradicional ingenuidade brasileira não tem ligado a importância capital que merece.

Dados todos esses fatores, universais uns, peculiares à nossa terra outros, era óbvio que o Brasil só podia enfileirar contra a ameaça comum: os impérios centrais, sob a hegemonia prussiana.

Como o fez, entretanto? Estabelecendo-se como que o calunioso preconício oficial da covardia brasileira...

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Quando uma decisão desta ordem se apresenta como um dever a cumprir, verdadeiro imperativo categórico, não há mais tergiversar. É o Dever. É o absoluto. E com o absoluto não se transige; nem se discute o dever. A norma a aplicar é sempre a que adotou Augusto, herdeiro de Cesar: Age quod agis. Executar de verdade e

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