e mesmo séculos), à custa do Sul do Continente e em favor do Pangermanismo.
No Congresso da Paz, ao qual forçosamente teremos de comparecer sob pena de decairmos na comitas gentium, que autoridade moral poderemos ter, com tais precedentes de ganância, de pusilanimidade e de ambígua situação de fatos? Acaso nos satisfará aparecer tão somente à la suite de alguma Grande Potência?
Como para mim não há culminância nem altura que eu julgue demasiada para o Brasil, nutro a íntima e profunda convicção de que nossa atitude e nosso comparecimento nessa Assembleia, que dará novas linhas à estrutura política do Mundo, deverão ser os de uma Grande Potência. É para o caso nosso repetir o que a visão genial de Cavour conseguiu para o Piemonte e para a casa de Savoia na guerra da Crimeia.
O próprio brio ordena não esperarmos o convite para colaborarmos. Teremos de comparecer nos campos de batalha. Façamo-lo voluntariamente, sem coação, nem delongas, que são argumentos contra nós.
Por tudo isso, penso que deveremos, no Congresso da Paz, merecer direitos iguais aos das demais Nações beligerantes, tendo compartilhado todos os azares da guerra, tendo pago nosso tributo de homens e de sangue, independentes, sem figurar como subalternos ou satélites de qualquer outra Potência, como Grande Potência autônoma e soberana, que não tem de baixar a fronte perante outra qualquer.
Por isso, penso que nossa colaboração deve ser levada, sistematicamente e não por crises (como até agora), ao teatro da peleja. Para isto, ali devemos ter como representação um corpo expedicionário de 120.000 a 150.000 homens, que nada são para um povo de 25 milhões.
***