Problemas de Administração

força para agir e tendo toda a energia, mas toda ela, indispensável para a repressão, quando precisa esta, o Lloyd produzirá renda proporcional à das demais empresas de navegação.

Outras medidas se impõem, para atender à situação precária dos transportes neste momento, e mais ainda à crise que sobrevirá após o fim da guerra.

O famigerado controle da navegação, pelo qual tanta tinta se dispendeu na imprensa, tanto discurso inflamado se fez, e tantas centenas de contos (cerca de 800, segundo me afirmaram) se empregaram para acender e manter o calor de convicções entusiastas favoráveis à Companhia Comércio e Navegação; esse controle, repito, não é obra nem ideia minha.

Combati sua adoção no momento, por julgar mal aparelhado o Governo para fazê-lo. O Lloyd já tinha dificuldades próprias numerosas a solver. A continuidade de ação, essencial para manter uma medida que seria certamente atacada com violência, não me parecia assegurada com as contínuas e inveteradas capitulações do Snr. Presidente da República ante o mais inócuo ataque impresso de repórter sem assunto, quanto mais em caso como este em que entrariam em fogo as peças de maior calibre, dada a munição empregada pelos interessados. Além disso, achava eu que nos contratos (para a Costeira e para a Comércio e Navegação, que eram acusadas, com razoável fundamento, de quererem alienar suas frotas) e na legislação especial, haveria meios de coibir quaisquer abusos ou manobras contrárias ao interesse geral.

Queria logo o Governo desapropriar os navios. A operação, por muito onerosa de momento, fazia-me recear novas emissões. Esforcei-me, e consegui lograr aprovação para o plano seguinte: 1.°) um acordo direto

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