tem sido alvo de grandes suspeitas por parte da Entente. Justa ou injustamente (e meu modo pessoal de ver é este último), tem sido arrolada como germanófila.
O Chile, velho adversário dos Estados Unidos no Pacífico, e filho da Prússia, do ponto de vista militar, é outro centro contrário às Potências Aliadas, prosseguindo na tradicional política anti-yankee, que tem observado desde tantos lustros e manifestada desde a Conferência Pan-Americana do México.
A Colômbia, a sangrar ainda da perda do Istmo, é o terceiro termo dessa agremiação, ao qual, talvez, se possa adicionar o Paraguai.
Os demais países são favoráveis à Entente, tendo mesmo alguns declarado a guerra a seus adversários.
Pouco provável parece uma manifestação de força em nosso Continente, em favor do Germanismo. O exemplo do México é eloquente, em que hoje está averiguado que Huerta, Villa, Zapata e outros chefes de guerrilhas, rebeldes e assassinos, não eram senão instrumentos alemães, dominados na penumbra pelo chefe da espionagem local, Franz von Rintzelen, e por este largamente subsidiados. Só foi evitada a guerra entre esse país e os Estados Unidos, porque a calma e a inteligência de Venustiano Carranza e de Wilson, pelo exame superior da situação, conseguiram apreender os fios condutores da trama alemã.
Um só meio existe de aparar tal golpe, possível desde que previsível: estar o Brasil aparelhado para a luta, no desempenho de sua missão histórica e política de corresponsável pela doutrina de Monroe, de defensor das nacionalidades ameaçadas pela expansão de povos que, como o Chile, por contingência geográfica, por educação política, tem de procurar desafogo a seu desenvolvimento nos territórios a Norte. Se o Chile é a Prússia