Estudos Históricos e Políticos

DIÁRIO DA NAVEGAÇÃO DE PERO LOPES

DE SOUSA, 1530-1532

POR EUGENIO DE CASTRO, RIO, 1927

Embora o terremoto de Lisboa, em 1755, houvesse destruído inúmeros documentos históricos de Portugal, os arquivos desse país devem ainda conter tesouros desconhecidos, aptos a elucidarem as constantes lacunas do que se presume saber do século dos descobrimentos. Desde o infante navegador até o domínio espanhol, quase dois séculos há em que tudo quanto se refere a viagens e conquistas está envolto em brumas e incertezas.

Quer pelo sigilo nacional de que falava Jayme Cortezão, quer por desaparecimento de papéis e relatos da época, ou ainda por estes não terem sido achados e divulgados; por qualquer desses motivos, pairam dúvidas e interrogações provisoriamente insolúveis sobre navegações oceânicas.

Quanto ao Brasil, as hesitações começam com o Esmeraldo de situ orbis e a viagem nele citada de Duarte Pacheco, em 1498, e se estendem por perto de meio século. Quantas falhas e perguntas irrespondidas provocam, denotando os poucos elementos vindos à luz...

Dentre elas, os feitos históricos e geográficos da armada de Martim Affonso de Souza, de 1530-1532, eram ponto obscuro e quase incompreensível.

Nem de outra forma podia ser João de Freitas, citado por Capistrano, considera o Diario da navegação

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