não fizeram mais do que levar a hipocrisia e um requinte de depredações. Quer isto dizer que o destino do negro africano deve nos deixar indiferentes, e que não devemos pensar em fazê-lo beneficiar dos nossos progressos? De modo algum. Trate-se, ao menos, de poupar a aguardente do tráfico, as missões religiosas e o espingardeamento uma criança grande, crédula e inconstante, da qual, parece, não convirá, por muito tempo, exigir as qualidades de homem feito."
Mesmo entre os ardentes partidários do abolicionismo houve exemplo de espíritos capazes de julgar esta questão toda científica com inteira isenção de ânimo, e sem o sentimentalismo fátuo e pretencioso que entre nós para muita gente disputa ainda as honras de última ratio. Numa obra de fôlego (A escravidão, o clero e o abolicionismo, Bahia, 1887), escreveu o Dr. Anselmo da Fonseca, meu distinto colega nesta Faculdade: "A raça africana tem um defeito e um crime. O defeito é estar ainda atrasada no desenvolvimento