de afinidade (o cão que hesita entre muitos alimentos e acaba por escolher um). Mas sempre a escolha exprime a natureza do indivíduo, num momento dado, em circunstâncias dadas, e em um grau dado; isto é, que quanto mais fraca é a afinidade, tanto menos decidida é a preferência. Podemos dizer, pois, que a escolha — resulte ela de uma tendência, de muitas tendências, de uma sensação presente, de imagens recordadas, de ideias complexas, de cálculos complicados e projetados no futuro — funda-se sempre numa afinidade, numa analogia de natureza, em uma adaptação. Isto é tão verdadeiro do animal inferior ou superior, como do homem, para o vício ou para a virtude, para a ciência, o prazer ou a ambição. Para nos limitar ao homem, figuremos, como exemplo, que dois ou muitos estados de consciência surgem como fins possíveis de ação: após oscilações, um é escolhido, preferido. Por que? — senão porque, entre este estado e a soma de estados conscientes, subconscientes e