\"de ordem pública deve ser resolvido sem que seja encarado o aspecto militar que ele possa ter, no ponto de vista do emprego como força, seja apenas meramente defensiva.
Em se tratando, porém, de elementos que podem exercer uma influência direta nas operações de um exército em campanha, essa importância é tal que se faz inadmissível o desprezo das considerações de ordem militar, pois com isso sofreria enormemente a economia nacional e ficariam perdidas facilidades, as vezes bastante importantes, para a defesa militar do país.
Isto posto, é justo que se pergunte, ao se cogitar do serviço florestal e do problema do reflorestamento nacional: - que relações podem eles ter com a defesa militar nacional?
Ora, não será preciso grande esforço para desde logo se perceber que essas relações são mesmo da maior intimidade. O exército em campanha não só precisa de madeira, para a satisfação dos misteres de sua vida corrente (combustível, material para abarracamento, construção de depósitos, etc.), como as utiliza diretamente em suas operações de campanha, nos trabalhos de fortificação e organização geral do terreno, tais como pontes, pinguelas, estrias, revestimentos de trincheiras, poços de mina, etc. etc.
De outro lado, se os exércitos em operações de guerra, visam principalmente as batalhas e os combates, é fato que o maior tempo nessas operações é gasto em marchas e estacionamentos, para produzirem os melhores feitos, precisam ser ocultos do inimigo, em vista da necessidade do ser guardado o segredo das operações, o que exige hoje uma perfeita dissimulação às vistas dos observadores aéreos.
Isso leva os exércitos modernos à necessidade de efetuarem quase a totalidade de seus movimentos à noite, mesmo em zonas recuadas centenas de quilômetros das frentes de operações, e a se dissimularem de dia nas cidades, vilas, florestas e bosques.
É sabido, porém, que as marchas à noite têm rendimento reduzido e que nem sempre a urgência no emprego dos elementos permite utilizar esse recurso para ocultar a sua aproximação, e então as marchas se efetuam, mesmo de dia, procurando-se porém, a dissimulação pelos recursos que o terreno oferece ou por processos especiais de disfarce.
No nosso país, onde a insuficiência das estradas de ferro há de ainda por muitos anos impor longos movimentos militares por terra, os movimentos de dia serão regra nas zonas de retaguarda, para economizar energia vital dos homens e animais,\"