resultam as soluções oportunas, que — seja dito de passagem —, nunca resolvem definitiva e completamente os problemas respectivos, mas os transmudam em problemas novos, cada vez mais complexos; desdobram-nos e exigem novos estudos.
"É nossa alma uma criança
Que nunca sabe o que faz,
Quer tudo que não alcança,
Quando alcança, não quer mais"...
Esses lindos versos de Adelmar Tavares, o "Embaixador nostálgico do sertão" como de uma feita o chamou Saul de Navarro, no 0 Globo (21 nov. 1932), dão bem ideia da incontentabilidade humana; no mundo tudo é perfectível.
Cada indução leva a uma dedução, no sentido do progresso; assim, Euclydes da Cunha, depois de induzir ou verificar que "o sertanejo é antes de tudo um forte", deduziu que "o mal é esta nossa vida à gandaia, ociosa e comodista, sobre enorme fazenda de uns quatrocentos milhões de alqueires de terra!"...
Roquette Pinto, estudando os tipos antropológicos brasileiros, deduz que o mal é estar "o sertanejo entregue à sua triste indigência"
A nova disciplina que nos ocupa neste livro, conduz a afirmar que, se isso acontece, é porque ainda não se difundiu na mentalidade de nossa gente a noção de que o Brasil tem em sua natureza atributos que lhe permitem ser, no mundo, o maior éden de fartura; no entanto, o regime era esgotar a fertilidade do solo e criar taperas.
Ninguém mais incisivo, contra esse egoísmo e essa imprevidência, que Manoel Bomfim, em seus conhecidos