neolítico, testemunham a previdência humana, expressa na multiplicação consciente de plantas e animais úteis, para que existam sempre e à mão: essas indústrias dependem, porém, visceralmente da fertilidade do solo e esta é por sua vez uma condição dependente de vários fatores ecológicos.
Alberto Torres dissertou brilhantemente sobre o assunto, em seus três livros citados: A organização nacional, O problema nacional brasileiro e As fontes da vida no Brasil; estes livros encerram as noções básicas da biogeografia dinâmica, em relação a nosso país.
À luz da Geografia Física, como evidenciou recentemente o Prof. De Martonne, em trabalho sobre a África do Norte, "as populações regionais refletem, em vigor ou debilidade, miséria ou riqueza, barbaria ou civilização, as condicionantes ou possibilidades de seu ambiente".
A genética ou ciência das origens e da evolução, reforça esse postulado, apoiado na ecologia, dizendo ser cada povo, para seu local, uma "população-clímax", isto é, espelho das possibilidades naturais de seu meio.
Mas o homem sabe melhorar qualquer região; para esse fim, a proteção à natureza é um recurso precioso e indispensável, aliada à agricultura e à pecuária, mas até a última metade do século XVII ficou em olvido, até que Colbert, ante a destruição da natureza em França, fez ver a Luiz XIV que seu país desapareceria, quando lhe tivesse destruído a última floresta.
Augusto de Lima, tratando da Influência da flora sobre a evolução humana (Rio de Janeiro, 1933), trabalho com que justificou na Câmara dos Deputados a criação do Serviço Florestal do Brasil, dá a respeito minuciosas informações, começando por transcrever as seguintes afirmações do sábio Lund: