A assistência permanente dos técnicos às populações sertanejas nesse sentido, irá a pouco e pouco educando o homem rústico dos sertões, nas boas práticas do labor das terras irrigadas, na observância das regras de caça e pesca, etc.
Não há senão prosseguir com firmeza nesse trabalho.
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Queimadas
Ninguém mais hoje põe em dúvida a necessidade de limitar o mais possível as queimadas, quer de florestas que devemos proteger com rigor, como estabelece o Código Florestal, quer nos campos, onde o fogo é geralmente posto, anualmente, para desbastar a macega e acarreta grandes malefícios à fauna e à flora campesinas.
Lembremo-nos, por exemplo, dos ninhos queimados com os seus pupilos, as aves mortas, as ninhadas diversas de animais que desaparecem, as plantas novas que fenecem, as árvores que morrem e são em geral tão poucas nos campos, onde deveriam ser muitas, plantadas mesmo pelo homem, para abrigo do gado, contra a canícula, muitas árvores tendo folhas e frutos forrageiros.
Não preciso insistir muito; grandes mestres já têm escrito sobre as queimadas no Brasil e até posso citar recente artigo do Prof. Augusto Chévalier, do Museu da História Natural de Paris.
No mesmo instituto, o Prof. Humbert publicou, há poucos anos, importante trabalho sobre a flora de Madagascar, mostrando quão nocivas são as queimadas.
Primeiro não destruir: Primum non nocère!..., e melhorar sempre!