Biogeografia Dinâmica - a natureza e o homem no Brasil

Nesse trabalho, largamente distribuído então em folheto mimeografado pela Sociedade dos Amigos de Alberto Torres, mostrei que não se trata de interferência de técnicos na educação escolar, estranhos aos trabalhos pedagógicos correntes, mas apenas do trabalho patriótico de cada cientista, de vulgarizar de sua ciência ou especialidade o que seja mister integrar na educação nacional, ficando aos pedagogos o cuidado dessa integração, segundo a ética pedagógica.

Para uma ideia, sobre a ineficiência das leis de proteção aos bens naturais, quando não vivificadas pela educação do povo para compreendê-las e respeitá-las, basta lembrarmos que antes mesmo da descoberta do Brasil, já havia em Portugal leis acauteladoras da natureza e que sempre foram \"letra morta\" no Brasil, da mesma forma que muitas outras posteriores, de que Paulo Ferreira de Souza nos dá minuciosas informações, em seu trabalho sobre Legislação Florestal (Primeira parte - Legislação histórica (1789 a 1889), citando cartas régias e alvarás anteriores, a partir da Carta de 27 de abril de 1442).

Bem entendido: Não é aos educadores que compete fazer tudo; nesse particular, ocorre-me a citação de expressiva conferência do Prof. Fernando de Azevedo sobre \"O problema da educação rural\" (Jornal do Comércio, agosto, 1933), onde bem demonstrada a \"necessidade de uma política geral de melhoramentos rurais\"; essa é a noção exata: uma política geral de melhoramentos rurais, a partir da escola primária naturalmente, mas exercida simultânea e harmônica por todas as demais entidades sociais e administrativas; a política do progresso, segundo Jules Simon, que tem por base a educação.

Tratando da \"Terra que Deus esqueceu\", Fernando de Azevedo, depois de mostrar nessa conferência as dificuldades

[link=21821]Imagem: um trecho de rodovia na Serra - Rio de Janeiro[link]

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