mesmo quem afirme, assim Osorio Dutra, como se lê em Paquetá, no sopé de uma árvore vetusta:
\"Há no idioma das árvores altivas
O mistério dos símbolos remotos...
Há música nas folhas e nos brotos
E nos troncos viris lágrimas vivas\".
A Ilha do Paquetá, cuja natureza está hoje exaltada a cada passo por expressivas inscrições lapidares, de nossos mais ilustres poetas, pelo buril de Pedro Bruno, é um exemplo, dos mais animadores: \"Ilha padrão de amor à natureza no Brasil\" (Pedro Bruno).
Nenhuma lei, nenhuma forma de contensão material ao instinto destruidor de dendroclastas e outros devastadores da natureza, tem influência maior e mais benéfica que os versos mimosos que aí são lembrados a cada passo.
Bem diversa é a linguagem literária, em face da científica, relativamente aos primores da natureza; a arte neles vê beleza e o poder divino da criação, a ciência vê principalmente utilidades e confessa, com Edmond Perrier, que a capacidade metafísica é superior às suas possibilidades.
Só as duas linguagens,juntas e harmônicas, podem exaltar simultaneamente belezas e utilidades e como esses dois objetivos são justamente, os da biogeografia dinâmica, na proteção à natureza, é claro que letras e artes têm no caso a sua atuação privativa, cujo influxo a ciência espera a cada momento, para agir depois, realizando.
Cabe por isso às letras e às artes a ambientação popular da proteção aos bens naturais, em cada país, falando à alma de toda gente, criando a mentalidade, integrando no subconsciente do povo a noção básica:
[link=21822]Imagem: um lindo bosque na Itália, sob a guarda da Milícia Florestal Italiana[link]