Biogeografia Dinâmica - a natureza e o homem no Brasil

"Nuvens cortando o ar, e pássaros cortando

As nuvens, e alto o sol, na alta esfera radiando,

Como fulgente escudo.

E era grande e era bela est'árvore assombrosa!

Tudo a amava, e ela, altiva, ela entre a luz, gloriosa,

Lançava aos céus robusta a sua fronte, em festa;

E um longo canto ecoava aos pés da soberana...

Mas... Como a palpitar do cata agreste a liana,

Não tremeu a floresta"!



O segundo quadro é o do machadeiro que chega:

II

"...Entrara a selva um dia um homem. Sopesava

Tersa afiada segure. Em torno a vista crava,

A árvore vê. Levanta o truculento olhar.

Toma-lhe a altura enorme aos ramos, a espessura

Ao tronco. E o ferro, audaz, de sólida armadura,

Faz sinistro vibrar".



A tragédia segue os seus trâmites; os golpes do machado, uns após outros reboam na serrania; toda a natureza viva se assusta e a árvore cai, destruindo tudo; assim termina o vate sua linda poesia:



"E caiu! rudemente e com ela rolaram

Ruindo os cedros na grota, e os montes estrondearam ...

Rasou-se ao bosque o teto, a túnica se abriu;

E a ave, e o réptil, e o inseto, e o próprio homem, transido"

Biogeografia Dinâmica - a natureza e o homem no Brasil - Página 54 - Thumb Visualização
Formato
Texto