Côrte em abril. Aqui permaneceu até setembro, quando deu início à sua grande viagem, seguindo a 6 desse mês de setembro para Goiás, passando por Barbacena, São João d'El-Rei, Paracatú, serra dos Cristais e Meia-Ponte, chegando a Vila-Boa no dia 23 de janeiro de 1819. Demorou-se na capitania de Goiás mês e meio, indo em excursão ao arraial Anicuns e aldeia São José Mossamedes e arraial Pilões do Rio Claro, que alcançou no dia 29 do mês de março, tendo deixado a cidade de Goiás no dia dois. Em sua volta para o Rio de Janeiro passou Emanuel Pohl pela mina de galena de Abaeté, vila do Fanado e Vila Rica.
Em Pohl, o geólogo estava longe de equivaler ao botânico e o seu livro ao qual dera o mesmo título da obra de Eschwege (Beitraege zur Gebirgeskunde Brasiliens) "pouco mais é que uma relação das rochas e minerais colecionados".
O secretário da legação da Prússia no Brasil, Olfers, acompanhado de Franz Sellow (o companheiro do príncipe Maximiliano de Wied em sua viagem à Bahia), visitou as regiões auríferas e diamantíferas, remetendo para o Museu de Berlim uma rica coleção de rochas e minerais, nunca vindo a lume o resultado científico dessa expedição. Mais tarde andou Sellow por nossas duas províncias do extremo sul (Rio Grande e Cisplatina), fazendo coleções para os museus de Berlim e do Rio de Janeiro. Era Sellow um pouco mais que simples colecionador profissional, e as rochas por ele mandadas para a Prússia com as copiosas notas tomadas em campo, serviram a Weiss para a sua valiosa contribuição à geologia do Sul do Brasil, publicada em 1827.
"As notas de Sellow sobre o Rio Grande do Sul", escreve Branner, " são excelentes, mas, sendo feitas no ano de 1823, é muito difícil identificar muitos dos lugares de que fala o autor".