História das explorações científicas no Brasil

as gentes de luar e de armas, ouvirem missa na ermida de Nossa Senhora de Belém. Celebra a missa pontifical o bispo de Ceuta, Dom Diogo Ortiz, matemático e cosmógrafo, ao par dos altos segredos de Dom João II. No dia seguinte a arrogante frota de treze naus, navios e caravelas, a terceira que partia em demanda da Índia, ia engolfar-se no Atlântico.

\"Portugal\", escreve Lopes de Mendonça, \"nesta expedição que ia firmar no Oriente o prestigio do seu nome, renunciava aos seus antigos, modestos e eficazes instrumentos de exploração geográfica — barchas, barineis, fustas, caravelas — e entrava resolutamente na senda, mais estreitamente ambiciosa, e não menos arriscada, de grande potência comercial e marítima\".

É sob os mais felizes augúrios, com vento de feição, parecendo ecoar ainda a reboada de tambores e atabaques, o claugor das trombetas, a música estrídula das flautas e charamelas, que haviam transformado o dia anterior em festiva verbena, que brancas aves desafiando as tormentas, se fazem ao largo as gloriosas naus.

Contavam-se entre os capitães os nomes mais ilustres e da mais alta linhagem, a começar pelo almirante, senhor

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