História das explorações científicas no Brasil

Quanto a esse camarão curto e grosso só há de positivo que não era camarão (2).Nota do Autor

Na zoologia dos Cronistas estão misturadas observações de agudo senso crítico e lendas que se formam ao sabor da fantasia. Os anotadores dos escritos zoológicos dos séculos XVI e XVII do Brasil não raro se deixaram impressionar pelo nome comum e, sem que tenham querido ler as descrições, fazem, às vezes, absurdas identificações. Acrescente-se ainda o critério de muitos zoólogos do século passado (e infelizmente alguns deste século XX), querendo à viva força comparar famas do norte e do sul, nomes de Azara e Marcgrave, contribuindo para emaranhar cada vez mais o novelo dos primeiros conhecimentos faunísticos, traçando um labirinto no qual é impossível encontrar uma saída.

É óbvio que as narrativas dos cronistas tiveram sempre como escopo os animais bons de comer, as feras, os que eram perigosos por suas peçonhas, os de estranho aspecto, sem que pretendessem fazer uma relação sistematizada.



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