História das explorações científicas no Brasil

Em 1923 viera ao Brasil uma expedição zoológica inglesa, chefiada pelo professor Balfour Brown, da Universidade de Cambridge, encarregado dos estudos de Entomologia geral, e trazendo como auxiliares para o estudo especial e coleta de aracnídeos e dípteros William Syer Bristowe ; para os himenópteros em geral Saunders; para os mamíferos membrácidas e ieneumônidas Hancock; para mamíferos e lepidópteros Matthews; e para as aves e coleópteros Cott. Aqui chegados em meados de julho, foi a expedição acompanhada pelo naturalista Eduardo May, do Museu Nacional. De 18 a 31 de julho a expedição fez pequenas excursões pelos arredores do Rio, Niterói e Raiz da Serra de Petrópolis. A primeiro de agosto seguiram para Campos a colher parasitos da cana de açúcar e estudar a fauna higrófila da região. Adoecendo o professor Balfour, seguiu este por mar para Buenos Aires e de lá voltou para a Inglaterra, passando a chefia da expedição a William Bristowe. Voltando ao Rio, seguiram os expedicionários para Minas Gerais, visitando as regiões de Morro Velho, Diamantina e Curralinho, regressando novamente ao Rio, onde se demoraram alguns dias, aproveitados em uma excursão a Teresópolis. Bristowe partiu para a Inglaterra e Hancock e Mathews seguiram com o Sr. May para a Bahia, onde visitaram a ilha de Itaparica e os arredores de Salvador, embarcando os dois naturalistas ingleses a bordo do "Andes" para a Grã-Bretanha.

Sobre esta expedição há o relatório de May, uma interessantíssima nota de Bristowe sobre os costumes dos nossos insetos e a descrição dos opiliões, por Melo-Leitão.

Heinrich Snethlage, que depois se dedicou à etnologia, fez a sua primeira expedição ao Brasil seguindo as pegadas de sua tia Emilia. Em 14 de julho de 1923 chegou ele a Belém, partindo depois de curta demora,

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