História das explorações científicas no Brasil

Agostinho do mercador florentino) até ao cabo Frio ou mesmo ao de São Tomé (os dois não muito ao sul do primeiro ancoradouro de Cabral) e que, segundo Hafkemeyer \"seria obra de particulares, pois nem sombra dela aparece nos documentos oficiais\".

Na viagem de Vespúcio, tudo o que ele refere depois de se ter afastado das costas brasileiras, parece pura fantasia, demonstrando Duarte Leite que ele compusera a sua narrativa, impressionante e romântica, sobre uma carta plana.

É menos segura e feliz a argumentação do mesmo crítico lusitano de O mais antigo mapa do Brasil quando procura invalidar as deduções de Varnhagen de que essa primeira expedição tivesse explorado a costa desde o cabo São Roque até São Vicente, dando aos diversos acidentes da costa os nomes do agiológio. As datas aí têm uma sequência tão lógica e tão de acordo com o calendário cristão, que nos parece quase pueril a objeção de que um mesmo santo ou santos de igual nome são festejados em dias diversos.

Podemos, pois, considerar como resultando dessa primeira, expedição exploradora a descoberta dos seguintes pontos, registados no mapa de Fernão Vaz Dourado (1568) alguns dos quais já assinalados nos mapas ocultamente copiados pelos cartógrafos italianos Alberto Cantino e Canerio:

cabo de São Roque - 16 de agosto
rio Santa Helena - 18 de agosto
cabo Santo Agostinho - 28 de agosto
rio São Jacinto - 11 de setembro
rio São Miguel - 29 de setembro
rio São Jerônimo - 30 de setembro
rio São Francisco - 4 de outubro
rio das Virgens - 21 de outubro
baía de Todos os Santos - 1 de novembro











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