que em Nosso Senhor eu tenho destas partes serem favorecidas dele, somente lhe darei alguma conta desta capitania de São Vicente, onde a maior parte da Companhia residimos, por ser ela terra mais aparelhada para a conversão do gentio, que nenhuma das outras, porque nunca tiveram guerra com os cristãos, e é por aqui a porta e o caminho mais certo e seguro para entrar nas gerações do sertão, de que temos boas informações: há muitas gerações que não comem carne humana, as mulheres andam cobertas, não são cruéis em suas guerras como estes da costa, porque somente se defendem..."
Em contraprova das asserções, quer de padre Nobrega, quer de Gabriel Soares veremos que, antes mesmo de entrarem em contato com os jesuítas, os quais só em 1549 aportaram a São Vicente, já os guaianás se haviam identificado com o pugilo de portugueses desembarcado e que sob a égide protetora do silvícola lançavam os fundamentos das vilas de São Vicente e de Santos e fixavam moradia, constituindo família, na própria Piratininga, âmago da gentilidade guaianá.
É inegável que os povos tupi-guaranis, quando em guerra, invariavelmente matavam o inimigo aprisionado para comer-lhe a carne, mas, fazendo-o, convidavam quanta tribo amiga houvesse nas redondezas, reunindo, habitualmente,