absoluta de destruir ou dispersar as grandes massas de aborígenes os quais, fortalecidos no sertão, não deixariam de representar ameaça permanente à segurança e tranquilidade das populações civilizadas.

À vaidade, muito humana aliás, dos cronistas avolumarem os perigos por que passaram, a princípio, e depois, ao cruel sofisma dado somente ao homem civilizado engendrar, é que devemos principalmente a crença errônea de terem sido os nossos indígenas comedores habituais de carne humana.

A existência da antropofagia entre os indígenas brasileiros contemporâneos dos primeiros povoamentos, é assunto que merece ser amplamente estudado, com atencão meticulosa e imparcial critério, visando, com o restabelecimento da verdade, a reabilitação da memória, principalmente dos nossos bons e amoráveis guaianás, a qual surgirá, estamos certos, expurgada de tão feio labéu.

ARACAMBÉ. Nome com que o paulista conhece o cão selvagem do Brasil.

O Aracambé, hoje raríssimo, habita presentemente o Brasil central, onde é encontrado em pequenas matilhas. Classificado entre as "martas" é o cão selvagem do Brasil, de "cabeça grande, focinho curto e largo. O corpo é de altura mediana, bastante achatado, munido de patas curtas e fortes: sua cauda é curta". É grande caçador de cutias,