coelhos e outros animais de porte igual, chegando também a atacar os próprios veados.
CURUPIRA. Duende considerado por Simão de Vasconcellos como sendo - "os espíritos do pensamento" - e a quem o Diccionario Portuguez Brasileiro confere os predicados de - "demônio".
Na crendice paulista, do século XVIII, o Curupira era o gênio protetor da caça e um dos inimigos do homem; sua moradia habitual era no alto da serra do Cubatão e os perigos da travessia dos abruptos despenhadeiros teriam sido criados por ele para aniquilar o viandante, o qual só poderia escapar com vida se, ao passar pelo alto da serra, depositasse à beira da estrada o tributo de uma grande pedra, com o que se abrandava a cólera do rancoroso duende. E o caso é que o governo da Capitania de São Paulo, por mais de uma vez, teve de mandar remover os montões de pedras com que a superstição popular obstruía a estrada de São Paulo a Santos.
BANGUELA. Expressão popular correntemente empregada em São Paulo para designar o indivíduo desprovido de dentes da frente, principalmente os da arcada superior, entre presas. Não é palavra nheengatú, mas de origem africana.
Banguela é corruptela de Benguela e tomou a acepção de - desdentado -, do hábito nativo dos