Não conhecemos documento algum pelo qual se possa, com segurança, atribuir a iniciativa da fundação de Atibaia a Jeronymo de Camargo: a dar-se crédito às alegações de seus herdeiros, foi ele, realmente, contemporâneo da fixação do gentio guarulho na margem esquerda do Atibaia, em cuja margem direita, na paragem chamada Caaguaçu, cultivava grande trato de terra, mas a ata de vereança de 3 de julho de 1665 é clara bastante, para que se não possa atribuir a parte capital na fundação da aldeia de Atibaia, senão a padre Matheus Nunes, ao passo que, das referências a Jeronymo de Camargo legadas ao acervo da história por seus sucessores imediatos, nada se pode inferir sobre a ingerência do notável paulista na formação do povoado, embora fosse corrente a persuasão de que, ao velho Camargo, coubesse a iniciativa da fundação.

Nós mesmos, louvando-nos em afirmativas alheias, já escrevemos algures ter sido Jeronymo de Camargo o fundador de Atibaia: posterior conhecimento de documentação conservada inédita até o momento, trouxe-nos a convicção de ser padre Nunes e não outrém, o fundador da amena Atibaia.

Atibaia, capela curada desde época anterior ao ano de 1701, foi elevada a freguesia por alvará de 13 de agosto de 1747, e a município (vila) pela portaria de 27 de junho de 1769, firmada pelo capitão-general d. Luiz Antonio de Souza Mourão.