A falta de braços para a lavoura ocasionada pela invencível repugnância do aborígene à vida sedentária, e a facilidade de obtê-los no continente negro, levaram os colonizadores a aceitar o tráfico africano para o Brasil, abominável comércio que, longe de ser uma criação brasileira, já vinha sendo praticado não só pelo reino luso, mesmo antes do descobrimento do novo mundo, como também pela França, Dinamarca e ainda pela libérrima Inglaterra que permitiu o povoamento de suas colônias na América por avolumada população escrava, cuja alforria só foi obtida em 1863Nota do Revisor, mantendo-a, também, na própria metrópole e demais colônias até 1834.
E, assim, entrou o negro na componência étnica do povo brasileiro em proporção visivelmente inferior à indígena, mas suficiente a pintalgár-la com o azeviche do seu pigmento.
Do caldeamento dessas três raças, em proporções desiguais, surgiu o povo brasileiro que as teorias antropológicas afirmam provindo de origem inferior, como se realmente pudessem existir raças humanas inferiores.
Em que pese às famosas leis psicológicas idealizadas no recesso dos gabinetes de estudo teórico, falhas de observações diretas, traçadas à revelia das leis naturais que regem a evolução dos povos a que deveram ser aplicadas, é inconsequente