intelectual, a conquista do progresso em qualquer dos ramos da atividade humana, a proeminência das manifestações elevadas do espírito, o refinamento cultural da civilização moderna em suma, alheiando-se da coletividade para só dependerem do esforço individual isolado, iremos desvendar a cerebração brasileira suportando sobranceira o confronto com a intelectualidade representativa da moderna civilização de além-mar.
Na literatura, o gênio do cantor máximo do nacionalismo, o meigo e doce Gonçalves Dias, em cujas veias corria em três quartas partes o sangue caboclo, raramente é igualado pelos representantes das raças que se inculcam superiores; Alvares de Azevedo que aos 19 anos de idade produziu joias literárias de cintilações tais como se emanadas fossem do éstro genial de um Victor Hugo; Casemiro de Abreu, Fagundes Varella, Castro Alves, Baptista Cepellos, Vicente de Carvalho, Olavo Bilac, José de Alencar, o pardo Machado de Assis, mestre da literatura brasileira e o fecundíssimo e rutilo Coelho Netto, cujos ancestrais não devem ser procurados exclusivamente entre os cáucasos; no engenho mecânico, Bartholomeu de Gusmão e Santos Dumont, precursores e pioneiros da navegação aérea; Rebouças na engenharia; Pedro Americo, Victor Meirelles, Almeida Junior, Pedro Alexandrino, na pintura; Carlos Gomes, caboclo incontestado, padre José Mauricio, sabidamente mulato,