matador contumaz, andá-andando, por perambulador, pará-parando, morrê-morrendo: o jucá-jucá, dizem os povos que falam o nheengatú.
O tupi-guarani não sabia modular a voz em interrogativa: suprindo tal deficiência, sempre que perguntava incluía na frase as partículas tahá, tá, pá, projeções de uma mesma raiz, e será, todas supletivas da inflexão de voz imodulável pelo órgão vocal do aborígene.
Dessas partículas - será - fixou-se no vernáculo, por modismo, mas também substituindo a expressão portuguesa - será -, razão talvez da sua rápida incorporação, total em São Paulo e noutros estudos do sul, ainda incompleta nos do norte.
Em nheengatú a partícula - será - aparece, de ordinário, encerrando a frase, posição essa ainda mantida no português, falado entre a gente do povo no norte do Brasil; - chove será, isto é, será que chove?
Perfeitamente assimilado ao vernáculo falado no Sul, transportou-se o será ao início da locução como se verifica das expressões: - Será que ainda chova? - Será que estejas doente?
Não só na prosa correntia é, entre os paulistas, empregada a curiosa interrogativa, como, também, em numerosas composições rimadas do trovador caipira: