emprego em São Paulo daremos resenha completa quanto possível.
ANHANGA. S. m. Contração dos vocábulos nheengatús anhan, correr e anga, alma, espírito, gênio que corre. Os tupi-guaranis, povos aborígenes do sul do Brasil, consideravam protetor da caça ao duende, ao gênio que corre, simbolizando-o no veado, o animal mais ágil e veloz da fauna brasílica, o que mais facilmente escapava ao tiro do caçador: e sempre que este, alvejando qualquer outra espécie de caça errava a pontaria, não deixava de atribuir seu desazo, por justificativa ao seu amor próprio ferido pela perda do disparo, à maléfica intervenção de Anhanga, o qual teria, no caso, comunicado sua vivacidade e rapidez ao animal visado, permitindo-lhe subtrair-se ao projétil mortífero.
Anhanga era pois, o nome que o aborígene do sul dava ao veado designando-o como o símbolo da agilidade e rapidez e tomando-o pelo protetor da caça: e nem se diga que ao veado, o aborígene chamava - suaçú - porque a verdade é que, com esse nome, aglutinação do frequentativo nheengatú, çúú-çúu (çúú, mastigar, çúú-çúú, remoer, ruminar) ele apenas designava a ordem dos ruminantes, aplicando a cada gênero denominação adjetivada. Aliás, no Brasil pré-cabraliano os ruminantes eram exclusivamente representados pela família cervina em seus diferentes