João Mendes afirma em seu Diccionario Geographico da Provincia de São Paulo, ser anhangabaú corruptela de i nhâ-ng-ába-aú "quase nenhuma correnteza": de y, relativo, nhâ, correr, ng, intercalação por ser nasal o som de nhâ, e para ligá-lo a ába, exprimindo modo ou ação aú ou aúb, partícula ou proposição para exprimir defeito na ação ou no modo.
A mudança, acrescenta João Mendes, para anhang-aú proveio da crendice de ser o diabo anhang, transformado em fantasma, aú, quem murmurava naquelas águas, então correndo na solidão entre basta floresta.
Theodoro Sampaio, com o seu imenso saber das cousas indígenas e sua linguagem sedutora diz do rio tradicional e lendário: - "Nessa pequena água, que traz o nome de Anhangabaú, corrente outrora em meio do mato entre duas lombadas de campo, sobre uma das quais se assentou a aldeia de Piratininga, os primeiros habitadores viram com os olhos da imaginação um bebedouro de assombrações, um lugar propício às diabruras ou malefícios (anhangaba) desse gênio andejo e mau, que eles na sua teogonia embrionária chamavam Anhangá.
É isso o que quer dizer Anhangabaú, observada a tradição de pronúncia que o nome tem; significaria, porém, água das diabruras ou dos malefícios se em vez de Anhangabaú se dissesse Anhangabahy,