do Guaré, em direção a Ynhapuambuçú, onde tinha assento a tribu de Tibiriçá."

Sobre a definição adotada por João Mendes - I-nhâ-ng-ába-aú, de "quase nenhuma correnteza", nada nos parece menos exato, porquanto, de todos os rios de volume apreciável que cortavam a capital de São Paulo, o Anhangabaú era o único correntoso e até encachoeirado: os demais, Pinheiros, Tietê e Tamanduateí, corriam e correm sobre várzeas, sem declividades pronunciadas, - "em quase nenhuma correnteza" -, ao passo que aquele, despenhando-se da altitude de 800 metros, em sua mais distante nascente, descia em declividade acentuada até a altitude de 730 metros para, pouco depois, baixar a 722 metros, altitude de sua embocadura no Tamanduateí, num percurso total de cerca de 4 quilômetros.

Comparando-se o desnivelamento do rio Anhangabaú, acusado pela diferença de nível, de 78 metros, entre sua foz, no Tamanduateí e sua mais remota nascente junto à rua do Paraíse, com o do Tamanduateí, de apenas 4,m500, entre sua barra no Tietê, na altitude de 720 metros, e sua passagem através da rua Luiz Gama na de 724m, 500; e do Tietê, de 8 metros entre a afluência do rio Pinheiros, na altitude de 717 metros, e sua passagem pelo Instituto Disciplinar, Belenzinho, na de 725, distâncias muito superiores à de todo o curso do Anhangabaú, somos forçados a admitir que