A qualquer investigador nunca será possível prefigurar, antes de haver experimentado, o que de dificuldade, de dureza, de violência agressiva opõe ao homem a vida no interior do Amazonas. Afigurar-se-ia incrível, a quem não conhecesse a realidade, que se pudesse alguém acomodar a tanta aspereza, à crueza inóspita dos elementos do meio. Mas a acomodação vem mais depressa do que se possa supor; e o homem, isolado do resto do mundo, vive ali como se este não existisse.
O caso do Capitão Hoeffner, tornado clássico, não é o único de um europeu que durante algumas décadas vivesse no interior do Amazonas, sem retornar ao seu continente. Outros muitos, igualmente de hábitos civilizados, ali se adaptam perfeitamente, e, de tal modo ficam identificados com o meio que — e desses registram-se casos absolutamente autênticos — transferidos definitivamente para a Europa, com as vantagens de aposentadorias rendosas, vão lá sofrer a nostalgia daqueles silêncios e daquelas plagas selvagens, a qual só se cura com o retorno àquele mundo de águas oceânicas e de florestas gigantescas.
Não se faz mister pôr em equação a incógnita: ela está decifrada. Se em quase todo o Brasil