Acima desses fatores impessoais, coloca o autor o próprio fator humano, afirmando depois de uma justificação exaustiva de sua conclusão que — "a inteligência que, como vimos, modela o meio, é a grande modificadora da raça".
Contra o determinismo geográfico ou o determinismo étnico, eleva o autor a atuação do Homem, como fator primordial na determinação de sua própria história. Nisso está de acordo com a ciência mais recente e autorizada, da própria Alemanha, que já não aceita cegamente a posição unilateral de Ratzel. Pois como dizia recentemente um geógrafo — "devem os geógrafos reconhecer que, as regiões transformadas pelos atos da vontade humana, não podem ser reguladas apenas, com o seu conteúdo humano, como simples resultado das leis da natureza e, ao contrário, que nelas o homem continua sempre a ser a medida das coisas. A região cultural (Kulturlandschaft) é traçada pelo engenho humano e adaptada a fins humanos". (1)Nota do Prefaciador.
Essa posição, que não nega os fatores mesológicos e etnológicos, mas subordina-os afinal aos psicológicos, é que marca decisivamente a obra do Sr. Araujo Lima sobre a Amazônia como um ponto de vista sociológico mais justo, mais novo e mais completo, para o estudo dos problemas antropogeográficos e mesmo sociais em nossa terra.