Amazônia - a terra e o homem

E o que se dá com o Amazonas, dá-se com todo o Norte. Apesar de todas as condições que lhe têm sido contrárias, a força do Norte, no Brasil, ainda é a família grande e por isso aventureira, corajosa na luta pela vida, espalhando-se por todo o Brasil. Se, por desgraça sua, fosse o Norte contaminado pelo mal que já hoje grassa francamente nas grandes capitais do sul, o anticoncepcionismo, nenhuma esperança lhe restaria de restabelecer o equilíbrio das forças financeiras e políticas do sul. O Norte é a grande família. Sem ela, será o deserto.

A grande família e a pequena propriedade, — em contraste radical com a pequena família e a grande propriedade, apanágios da civilização norte-americana — é que são os traços sociais característicos de uma civilização genuinamente brasileira. E ambos são a chave do problema amazônico, pois o deserto e o latifúndio são, como muito bem o demonstra o autor deste livro, os males talvez primordiais da imensa interrogação amazônica. E contra ambos o remédio é a prolificidade, moral e higienicamente defendida, e a pequena propriedade. "A solução do caso amazônico, malogrado no seu grande surto inicial de grandeza, estaria certamente no distributismo, isto é, na disseminação intensiva da pequena propriedade".

Essa confirmação, por um pesquisador de fatos e homens de ciência positiva, de uma tese que racionalmente muito me é cara, veio generalizar o seu campo

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