Amazônia - a terra e o homem

Em caminho do degredo, que deveria cumprir no antigo presídio do Crato, no Rio Madeira, Baptista Campos é reconhecido como Vice-Presidente da Província, por diversas Câmaras do Baixo Amazonas. Foi um grande desapontamento e alvoroço no seio do partido restaurador, ao receber a notícia do reconhecimento de Baptista Campos. Compreendiam os seus encarniçados adversários o fascínio que ele exercia sobre os elementos jacobinos, e previam as consequências graves de sua evasão e proclamação à alta investidura de autoridade da Província.

Baptista Campos campeia na jornada de revolucionar o interior, pregando o ódio, a vingança, a morte contra os portugueses.

Verdade é que a abdicação repercutiu no Pará de modo fragoroso. As funções militares mais altas ficaram nas mãos de estrangeiros, sendo chefe da flotilha um inglês. Registre-se, dentre os fatos irritantes, uma expedição ao Acará, com intuitos de chacina e extermínio; assinale-se que Acará era centro dos partidários de Baptista Campos, capitaneados por Felix Malcher, e compreender-se-á como se encadearam os atos de encarniçamento que culminaram na Cabanagem.

Amazônia - a terra e o homem - Página 270 - Thumb Visualização
Formato
Texto