Amazônia - a terra e o homem

amazônico, invencível às ciladas e perseguições, depois de longa e penosa odisseia, cai vítima de uma infecção na face, que se generaliza e lhe produz a morte, certamente por septicemia. Foi o fim inglório da mais acabada estrutura de caudilho libertário das lutas da fundação da nacionalidade, nas terras do Baixo Amazonas.

Baptista Campos encarnou a bravura sã do caudilhismo libertador. Se à sua fisionomia guerreira não faltavam o traço da crueldade sintomática do heroísmo bélico e o desequilíbrio proveniente do desvio de sua função sacerdotal, caracterizava-se, entretanto, por uma galharda força moral, que a aspiração de grandes ideias incandescentemente inflamava.

Reagindo contra o despotismo lusitano no período das agitações autonomistas e, depois da independência, contra as tendências restauradoras, Baptista Campos foi sempre uma figura varonil e temida, obcecada por seu idealismo inquebrantável. Predicando contra os portugueses, depois da sedição militar de Agosto de 1831, persistiu nos seus ideais de autonomia, que julgava sacrificada pelos excessos do autoritarismo luso.

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