Amazônia - a terra e o homem

A resultante daquela aberração censitária, em função do amálgama de uma sociedade de originalidades chocantes, forneceu à crônica daqueles tempos incipientes, já hoje lendários, episódios impressionantes, com a tônica alternativamente dramática ou cômica, dos quais trasladamos dois específicos, desdobrados naqueles cenários selvagens, há por aí cerca de quatro decênios.

A. B., guarda-livros de importante seringal do Alto Acre, exercendo aí a atividade de "faz-tudo", exercício que lhe era facultado por uma cuidada educação de família ilustre, de cujo seio no Rio de Janeiro se desprendera ao impulso quase alucinado de uma aventura amorosa; mentalidade instável de estroina e sentimental, boêmio o misantropo, aventureiro e tímido, A. B. regressava ao barracão, do qual se ausentara por oito dias, em incursão pelo seringal a dentro, até o "centro" distante e ermo, através de varadouros inóspitos e igapós sombrios, em busca de uma borracha arrancada a fregueses mais negligentes, quando ao chegar foi acolhido com uma expressão dúbia, entre maliciosa e alvissareira, do "gerente" que lhe anunciava, além da nova da passagem do "gaiola" X, ansiosamente esperada

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