Amazônia - a terra e o homem

é a Retzius que se deve a criação do índice cefálico, que tanto há influído no estudo das raças e sua classificação.

Concepção muito prestigiada, que se tem infiltrado em grandes espíritos, o critério baseado na relação das dimensões do crânio já vai sendo fortemente combatido. E nenhuma sentença tão concisamente o fulmina, como a em que J. Ranke resume seus profundos estudos sobre o homem: "Todas as formas de crânios que se notam na humanidade podem encontrar-se em qualquer povo e às vezes até na mesma aldeia; há uma mistura das diferentes formas de crânios, em que os tipos extremos se acham unidos entre si por uma série de formas intermediárias" (Der Mensch, 1912, II, pág. 205, apud Spengler).

Escudado nessa citação autorizadíssima, o filósofo alemão assim conclui: "Em realidade, a expressão racial de uma cabeça humana é compatível com qualquer forma de crânio. O decisivo não são os ossos, mas sim a carne, o olhar, o gesto, a atitude". (Oswald Spengler - A Decadência do Ocidente, 1926, III, pág. 184).

O índice cefálico, como base de classificação de raças, de tal modo obcecou os espíritos, que um

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