A terra é farta, mas dificilmente penetrável, quase fechada ao homem; opulenta, mas bárbara; ubérrima, mas não dadivosa. É riquíssima, mas avara.
A floresta inculta e bruta — a selva selvaggia — é o teatro de uma vida hipertensa, febril, estrepitosa, em cujo turbilhão se debatem as espécies mais variadas e mais abundantes.
Imperam ali, no intrincado de exemplares vegetais entretecidos em labirinto quase fechado, os concorrentes ferozes de uma luta cruel de morte, cujo símbolo dramático encarna o apuizeiro lendário, titânica alegoria a ostentar impudicamente os braços tentaculares, que estrangulam majestosos troncos seculares e acolhedores.
A mata, a avaliar por sua fisionomia propriamente botânica, é um mundo florestal em pleno superpovoamento, incrementado pelos fatores extrínsecos, causais de sua pujança e de sua agressividade, qual a temperatura e a umidade, a prevalecerem sobre um solo eternamente humoso por ação fertilizante da bacia potâmica, em flutuações periódicas e ritmadas.
Nessas terras perenemente umedecidas pelas infiltrações do oceano de água doce que as banha,