no mínimo dois elementos; só os sistemas, por serem arbitrários ou teóricos, podem admitir convencionalmente os grupos monotípicos; o método, como espelho fiel da Natureza, aos nossos olhos, não os comporta.
O Método Natural
A verdadeira estrutura do Método Natural começou a ser agora estabelecida pelo chamado "Método de Tipos", posto em grande relevo nos últimos Congressos Botânicos, e que terá de fazer prévia triagem de gêneros e espécies, tendo em conta os ensinamentos da Genética que tende por sua vez a substituir o eterno problema da espécie, como o designou De Wildeman, pelo problema do gênero, gradação ou unidade taxinômica, hoje bem mais importante que a espécie.
Esta, em vez de ser, invariavelmente como se pensava, o indivíduo reproduzido no tempo e no espaço, passou a ser simplesmente um modo de ser do gênero e sujeita a tais variações que é, não raro, impossível individualizadas ou delimitá-las com segurança, de onde a noção, algo vaga, de grandes espécies ou linneons e pequenas espécies ou jadanions: mas em alguns casos nem isso é possível, assim o das Nyctaginaceas que, segundo Paul Standley, formam um grupo de plantas, de caracteres específicos instáveis, a ponto de tornar difícil a organização de chaves para as espécies (Paul C. Standley — The Nyctaginaceae of Northwestern South América", em Field Museum, Chicago, XI, nº 3, 1931).
Creio que um caso idêntico se verifica no gênero Hevea, a que pertencem as seringueiras amazônicas, segundo recentes trabalhos de A. Ducke que vem frisando as enormes dificuldades de distinguir as espécies.