Fitogeografia do Brasil

Os estudos de Sociologia Vegetal são lentos e de regra exigem estágio demorado de cada observador em uma dada região; ou pelo menos, visitas frequentes e muito repetidas às mesmas localidades, até completa discriminação dos principais componentes de cada associação florística e a prospecção que define as espécies dominantes: assim, um simples capão de mato dá material para alguns anos de estudo.

Na prospecção de um pinhal por exemplo, verificar quantos os pés de Araucária por hectare, quantos os de imbuia, de mate, etc.

No terreno da Fitogegrafia Genética, outro setor da Geografia das plantas, já se esboça no Brasil uma questão muito interessante, a da provável substituição natural dos eucaliptos, nos atuais eucaliptos por ipês e outras essências indígenas.

No correr dos tempos se os eucaliptos não se reproduzem de sementes caídas, mas dependem de mudas trazidas de sementeiras (salvo os casos de brotamentos de cepa), não será de admirar que futuramente se venha a registrar o surto cada vez mais notável de essências indígenas, de sementes trazidas pelos ventos para os eucaliptos, como já verifica com ipês. Ter-se-á ali um caso de \"sucessão\" natural, muito possível.

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Muitas verificações fitogeográficas estão ao alcance até dos leigos, mas se perdem por não serem convenientemente registadas,

Já havendo \"Programa de ciências\" nas Escolas Primárias, implicando excursões escolares, tempo virá em que desse grau do ensino emanarão também, para o Curso

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