Massart discute o assunto (1. e. p. 180); conclui que as monocótileas descendem das dicótileas, e que estas são mais antigas, por se aproximarem de ginospermas em especial pelas Ranales; esse modo de ver se apoia na Escola de Mez, das reações seroquímicas (vide a respeito A. Cuenot — Hipothèse relative à la place de Monocotylédones dans la classification naturelle — Bol. Soc. de France, 1932).
E que as Monocótilas são um ramo das Dicótilas, partir das Helobiales, sem dúvida aparentadas das Ranales; as Helobiales deram origem a um ramo anemófilo (de polinização pelos ventos), o ramo das Glumífloras a que pertecem as Gramíneas; e outro ramo entomófilo, o das Lilüflorales.
Bews diz que os primeiros fósseis angiospermas eram muito semelhantes aos tipos existentes habitualmente nas áreas tropicais e subtropicais úmidas, e admite, como hipótese de trabalho, que os tipos arcaicos, que persistiram na flora atual, devem ser procurados nas regiões tropicais úmidas; que o grande lapso de tempo escoado, desde o aparecimento de Angiospermas, durante o qual condições favoráveis, quentes e úmidas reinaram nas regiões tropicais, permitiu a diferenciação de grandes grupos de famílias e, sob a influência do meio vivo, diversos tipos morfológicos de vegetais. A partir do tipo primitivo representado sem dúvida por árvores de folhas persistentes, grandes e coriáceas, tipos seguintes se teriam constituído: lianas, epifitas, arbustos mesófilos, subarbustos e ervas de subosque e da borda das matas, plantas parasitas, saprófitas, insectívoras.
A diferenciação mais recente dos climas teria provocado o aparecimento de tipos novos, adaptados a condições mais secas, de um lado, mais frias de outro (vide Bull. Soc. Bot. de France, 1838).