Viagem às nascentes do Rio São Francisco e pela província de Goiás 2º vol.

escaparam. Os livros mais perfeitos não estão livres de incorreções; quando homens tão sinceramente amigos da verdade como o padre Manoel Ayres de Cazal, monsenhor José de Sousa Pizarro e Araújo, o doutor Pohl, o general Raimundo José da Cunha Mattos se equivocaram algumas vezes, quem se poderá gabar de jamais se enganar?

Em virtude das observações críticas a que me entreguei para preencher o fim que tive em vista, resulta que esta obra ficará sobrecarregada por grande número de notas, cuja leitura em comum com a do texto será, talvez, às vezes, desagradável. Será preferível, por conseguinte, ler este último, deixando de parte as notas, e voltar a estas após a terminação de cada capítulo de que o livro se compõe. Para facilitar as pesquisas tive o cuidado de indicar as notas críticas no índice geral sob o titulo de retificações.

O general Raimundo José da Cunha Mattos fez sentir (3)Nota do Autor quanto é essencial conservar cuidadosamente os nomes de lugares consagrados, nos diversos distritos, pelos habitantes do Brasil. Se cada viajante estivesse no direito de escrever à sua maneira os do país pelo qual passa, reinaria, em breve, na geografia, uma indubitável confusão. Fiz, pois, esforços para não alterar em coisa alguma a nomenclatura geográfica, e que o mesmo cuidado com a ortografia dos nomes de homens, plantas ou animais. Entre as aldeias, habitações e rios do Brasil há uma multidão, eu o sei, cujos nomes foram escritos das maneiras mais variadas, mesmo por homens instruídos; em tais casos não tomei partido sem consultar as autoridades mais respeitáveis; o conhecimento das etimologias não deixou de me ser útil, e achei que devia, sobretudo, tomar por guias o uso e o bom senso.

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