Viagem às nascentes do Rio São Francisco e pela província de Goiás 2º vol.

É possível que, apesar dos esforços feitos para reunir as obras publicadas sobre o Brasil em diversas linguas, diversas me tenham escapado. Infelizmente não existe na França agências em que se possam procurar os livros que aparecem na América, e sem a extrema solicitude do sr. Araujo Ribeiro, ministro do Brasil em Paris, do sr. doutor Sigaud, médico do imperador D. Pedro II, do sr. Ferdinand Denis, o homem que melhor conhece, na Europa, o que se escreveu sobre a América Portuguesa, e, enfim, a do meu jovem amigo sr. Pedro d'Alcantara Lisboa, adido à legação brasileira, não poderia ter consultado diversos escritos importantíssimos impressos no Rio de Janeiro, em Pernambuco e S. Paulo. Recebam aqui os meus sinceros agradecimentos.

Frequentes vezes tenho ocasião de indicar, nesta obra, diversas quantidades em peso ou em medidas brasileiras; mas, ao lado dessas indicações, se encontrará a dos números equivalentes no nosso sistema métrico.

Para a conversão dos valores numerários tomo sempre por base o par, isto é 160 réis por franco. Pode-se ver, pelo quadro sinóptico que publicou Horace Say na sua excelente obra intitulada História das relações comerciais entre a França e o Brasil, que essa era, pouco mais ou menos, na época da minha viagem, a taxa cambial da moeda brasileira.

Uma imensa lacuna perdurará, sempre na geografia botânica da Europa; com dificuldade conseguimos formar algumas conjecturas plausíveis sobre a natureza das plantas que ocupavam os nossos campos de cereais, vinhas, e plantações de oliveira. Procurei evitar essa deficiência na história natural do Brasil; faço conhecer a topografia botânica dos diversas distritos que percorri; e quando um dia a cultura os invadir, não se ignorará qual foi a vegetação primitiva.

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