Carlos Darwin nasceu em 1809, muna pequena cidade ocidental da Inglaterra. Desde menino "procurava aprender o nome das plantas e fazia coleções de tudo: conchas, madeiras, medalhas, minerais".
Aos 16 anos de idade foi mandado estudar medicina em Edimburgo, onde passou dois anos sem resultado, e daí para Cambridge, onde obteve esse bacharelado em artes (B. A.) inglês, que corresponde ao primeiro grau universitário de ciências naturais.
No último ano de Cambridge, diz ele, a leitura de Humboldt e Herschel, veio influir de maneira decisiva sobre sua vocação, despertando "ardente desejo de juntar uma pedra, embora humilde, ao nobre edifício das ciências naturais".
Foi Henslow, seu professor, quem lhe proporcionou a viagem no Beagle, gérmen dessa obra que lhe daria mundial e perene renome. No dia 16 de fevereiro de 1832 parava a corveta inglesa diante dos rochedos de S. Pedro e S. Paulo, que, apesar de sua aridez, fornece algumas notas interessantes ao naturalista. Depois... é a Bahia que lhe dá a primeira visão da selva tropical, esplêndida e indefinível, para o qual, embalde, procura "encontrar termos capazes de exprimir o que sentia, quando passava à sombra dessas florestas magníficas!" E a visão da natureza brasileira fica em sua memória como um quadro delicioso, com o vago encanto de "uma história ouvida na meninice", como "um sonho atravessado por figuras indistintas mas admiráveis".
O naturalista observador, o taxonomista que daria mais tarde a Monografia dos Cirrípedes, o registrador paciente e às vezes pueril do que via