Descrição dos rios Parnaíba e Gurupi

No dia 12 de junho, comecei a viagem para as cabeceiras do rio. Após 39 dias de sofrimentos de todo o gênero, em uma canoa pequena, exposto ao sol e a chuva, e, às vezes, à fome, cheguei ao lugar Cajuapara. Daí em diante tornou-se a exploração mais penosa. Se bem que pequena, não se prestava a canoa em que saíra da colônia à continuação da viagem. Tive de servir-me de outras menores, fabricadas da casca de jatobá, obra dos índios, que delas se servem nos seus trabalhos de pesca e caça.

Percorri primeiro o Itinga e Tucunmandiua e, depois, o Cajuapara, pelo qual pude subir até o porto da Sapucaia, onde cheguei no dia 9 de agosto. Tinha entretanto despachado portadores para o sertão da vila da Imperatriz a procura de alguns cavalos para a viagem à dita vila; foi-me, porém, preciso esperar ali até o dia 16, quando chegaram finalmente quatro cavalos, mas um deles em estado tal, que não pôde prestar-se ao serviço. Sendo indispensáveis três cavalos para o transporte dos instrumentos, da bagagem mais necessária e de alguns mantimentos e água, vi-me obrigado a fazer a viagem a pé; e saindo no dia 17 cheguei à vila da Imperatriz no dia 22 com seis dias de

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