A maior parte de sua vida passara-a no interior de sua nova pátria. Vivera algum tempo em Juiz de Fora, em Natal, em São Luís do Maranhão e em Fortaleza. Peregrinara longamente, explorando rios e terras, construindo linhas telegráficas por quase todo o Norte, demorando mais nos sertões do Ceará, do Piauí e do Maranhão. Foi ao Tocantins e ao Araguaia. Além dos serviços que prestava por força dos cargos que exerceu no Governo Imperial, os governos provinciais o encarregavam de estudos de portos e comunicações, da localização de colonias agrícolas e do levantamento de plantas e mapas. Esses trabalhos conservam até os dias de hoje o seu valor técnico, dizem os entendidos. Sobre eles escrevia minuciosos relatórios, em que, ao par das questões científicas e dos dados sobre engenharia, agronomia, geografia, geologia, botânica, etc., transparece a alma do doutor em filosofia. São relativamente bem escritos, sobretudo para quem usava uma língua de adoção, tão diversa da sua materna. Estão cheios de variadas observações sobre usos, costumes, lendas e tradições dos habitantes, sobretudo dos indígenas das regiões percorridas. O Dr. Gustavo Dodt foi um dos melhores folcloristas do Brasil. Um dos primeiros a notar analogias e similitudes de nossas manifestações demológicas [sic] com as de outros povos. Escrevia a propósito interessantíssimas cartas a Couto de Magalhães, comentando trechos do "O selvagem". Silvio Romero não se esquecia de citá-lo no prefácio dos Contos Populares e de recorrer às suas informações.