sérios, o pendor para a filosofia, a etnografia, o folclore, o culto da tradição e da terra, a inclinação para construir sempre, a aspiração pelas causas nobres.

No alto duma colina sombreada de árvores do vale do Itajaí, se estende o cemitério evangélico de Blumenau. Dorme ali o sono eterno, na Paz do Senhor, o velho engenheiro que percorreu quase todo o Brasil, dos últimos tempos da Monarquia à primeira década republicana. Seu túmulo jazia em abandono, quando em 1935, meus amigos pessoais e companheiros de Blumenau generosamente o reformaram, conservando a simplicidade que ele requerera em seu testamento: uma lápide com este singelo dístico em letras de bronze — Dr. Dodt. Assim o conheciam e veneravam ali.

A obra que público aqui foi editada a primeira vez em 1873, na Tip. M. F. V. Pires, São Luís do Maranhão. Tornou-se muito rara e, como contém um notável subsídio para a geografia, a etnografia e o folclore de pouco conhecida região do Brasil, é justo que seja de novo posta ao alcance dos estudiosos das cousas brasileiras. Ao mesmo tempo que, assim, se rende culto a um grande brasileiro adotivo, que muito serviu à nossa patria, eu o rendo à memória de meu avô materno.

Gustavo Barroso.