As minas do Brasil e sua legislação

O professor Timotheo da Costa, que se deteve pouco tempo na região, aconselha estudos mais pormenorizados nestas jazidas. Tais estudos deixaram de ser feitos por não interessarem à Companhia do Assuruá, visto como aqueles sítios se achavam fora da linha provável de canalização das águas.

Como testemunho da riqueza destas aluviões, conta o Dr. Timotheo da Costa ter assistido à colheita na lavra do Jardim de um bloco de conglomerado argiloso pesando 932g que rendeu 688g de ouro.

Abastecimento d'água às minas do Açuruá

No primeiro projeto para abastecimento d'água às minas do Açuruá, propunha o engenheiro Salustiano Antunes a canalização das águas do córrego Pindaíba e, no caso de se tornarem estas águas pouco abundantes por ocasião das secas, recorrer à canalização das "bocas" do Rio Verde Pequeno.

Verificou o engenheiro Paulo de Frontin que as bocas do Rio Verde achavam-se a 590m sobre o nível do mar. Originadas numa grande fenda da rocha calcária da Serra das Brenhas, estas bocas vertem 340l d'água por segundo.

As regiões auríferas acham-se em horizontes muito acima destas bocas: Gentio do Ouro e Baixa Grande estão a 1.060m de altitude, Lagoa a 1.170m e Lavra Velha a 1.006m acima do nível do mar. O aproveitamento das bocas do Rio Verde implicaria num recalque muito dispendioso da água da cota 590m à cota 1.170m.

O córrego Pindaíba acha-se a 24km de Lagoa e sua descarga é apenas de 24l por segundo.