de meio a um milímetro de espessura, deixando claramente perceber mamelões típicos.
"Este quartzo contém ouro visível e invisível. O ouro visível está isolado nos geodos em concentrações ou ocupando cavidades de regulares dimensões, formando manchas (coarse gold), não sendo uniformemente espalhado na rocha e sim disposto em leitos distintos, atravessando uma amostra em direções diversas e depositado nas fendas ocupadas por minerais ferruginosos oriundos de piritas. As amostras da Escola de Minas permitem se veja nitidamente esta apresentação característica dos vieiros a ouro livre. Tal é o ouro do quartzo filoneano do Arrecua, onde notamos que quanto mais cavernosa e tinta de negro pelos minerais decompostos, mais rica é a amostra.
"Outras vezes o quartzo é branco dividido por leitos de manganês que formam grande parte da amostra. O do Rio do Peixe é de extraordinária tenacidade, deixando-se dificilmente quebrar ao martelo, coloração opalina ou ligeiramente amarelada, fratura concoidal e franco aspecto gorduroso, não possuindo os leitos de minerais decompostos dos vieiros com ouro visível. O metal está aí espalhado em partículas finíssimas e compõe- se unicamente do floating ore dos ingleses e que os faiscadores de Minas Gerais denominam expressivamente ouro voador. Este quartzo, quebrado em maçarico de ferro, habilmente lavado na bateia não deixa o menor vestígio de ouro; todavia as análises de laboratório revelam mais de 15g por tonelada.
"É necessário salientar esta ocorrência, pois muitos vieiros considerados estéreis após a lavagem